16 de maio de 2015

O NOTÍCIAS DE BUSTOS VISTO DO CÉU

Dez anos é muito tempo na vida desta espécie de jornal de parede.
Podem dizer-me que foram 10 anos vividos com alguns tropeções, outras tantas zangas e até algumas birras.
Bem vistas as coisas, o NB espelha a vida amorosa de qualquer um de nós: com altos e baixos, mas sempre intensamente vivida.
Muito da História e das histórias de Bustos, dos bustuenses e das gentes e terras circunvizinhas passaram por aqui.
Não há quem não sinta paixão pelo NB. Para a malta da diáspora, então, o blogue é uma espécie de pão para boca faminta.
Deixá-lo morrer seria amputar a nossa terra e as nossas gentes deste elo de ligação com o passado e o presente. Lembremos: o blogue começou por chamar-se “Bustos – do passado e do presente”.
Já agora: apesar do antigo servidor o ter eliminado, ainda é possível reviver os textos do saudoso antecessor do NB, pegando, por exemplo, na ligação do 1º número e ir avançando para os meses que se lhe seguiram:
Se querem a minha opinião, o melhor texto alguma vez publicado no NB saiu das mãos do Milton Costa, um mestre da narrativa (e dos micróbios, mas isso é outra música), texto que comentei no local próprio. Aqui vai a ligação (link, diz-se, em linguagem cibernética):
Por falar nesse antro de conspiradores que é o Barrilito, ficam a saber da última novidade, que eu não sou de segredos de Estado:
Liderados pelo incansável Agostinho, está na forja a criação de mais uma confraria bairradina: a dos “Guardiões dos Sabores”, grupelho que já tem uns anitos de vida e com textos publicados no NB e até no seu antecessor.
Há dias, a meio duns petiscos bem regados, o Agostinho mostrou-nos alguns trajes pomposos, inquirindo sobre o tecido e o estilo que deveríamos adoptar.
Pus-me a pensar e cheguei à conclusão de que o caminho a seguir deverá ser o do contraciclo: em vez da ostentação, o despojamento total, como trajou o aio do nosso 1º rei perante mais uma malfeitoria do D. Afonso Henriques.
Em verdade vos digo: deveremos apresentar-nos nos chamados capítulos da futura confraria como o Egas Moniz e a família se apresentaram em Toledo perante o rei de Leão e Castela: mal vestidos, descalços e de corda ao pescoço.
Afinal, é assim que os portugueses gostam de aparecer ao mundo: submissos como carneiros.
 A propósito: há quem pense numa boa chanfana para o próximo conclave.
Em contraciclo, torço pela caldeira de enguias.
Vamos a votos, que o NB pela-se por uma boa polémica.
*
oscardebustos

1 comentário:

  1. Concordo na generalidade. Retira a corda pois nunca sabemos quem pode tentar apertar o nó!
    Voto pelas enguias, e para não esperar um ano, ofereço-me para cozinhar

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