4 de novembro de 2014

Câmara prossegue aposta escolar criticada pelo CDS


Oliveira do Bairro, 03 nov (Lusa) - A Câmara de Oliveira do Bairro (PSD) anunciou hoje a aprovação, por maioria, do Plano e Orçamento para 2015, que apresenta um valor próximo dos 23,5 milhões de euros.
Segundo o presidente da Câmara, Mário João Oliveira (PSD) é "um orçamento de rigor e contenção (inferior a 2014 em cerca de 4,4 milhões de euros), que coincide com a fase final do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e que vai colocar o Município na linha da frente para cativar verbas" do novo Quadro (2014-2020).
"A Câmara de Oliveira do Bairro continuará em 2015 a apostar na área da Educação, que tem levado o Município a ser reconhecido como um "território educativo de excelência", bem como na Ação Social, intervindo nos grupos sociais mais carenciados e no Desporto, com a promoção de estilos de vida saudáveis e a gratuitidade de aulas de natação para todas as crianças em idade pré-escolar".
Para a Cultura, estão previstas ações de dinamização da Biblioteca Municipal, do Quartel das Artes Alípio Sol e do Museu de Etnomúsica da Bairrada. Quanto ao apoio ao tecido económico concelhio, passa por incentivos fiscais e pela promoção do empreendedorismo, através do polo de Oliveira do Bairro da Incubadora de Empresas da Região de Aveiro.
O CDS, principal partido da oposição, com três vereadores, e que já liderou a Câmara de Oliveira do Bairro, absteve-se na votação, sendo a principal razão a discordância com a política educativa seguida.
Segundo disse à Lusa o vereador do CDS Jorge Pato, "a grande referência dos orçamentos dos últimos anos da maioria PSD foram as escolas", num investimento que para o CDS é um exagero.
"Este executivo fez oito novas escolas e sempre dissemos que era um número exagerado e hoje há escolas no concelho que custaram três milhões de euros e que têm cinquenta alunos. Este orçamento continua esse processo, com uma escola em construção numa localidade que tem hoje pouco mais de 40 alunos e vão lá ficar três milhões de euros em paredes", criticou.
A abstenção do CDS é também justificada por ser "um Orçamento de indefinição", com opções "que deveriam ser prioritárias, que continuam sem data definida, como o quartel da GNR, a passagem superior sobre a Linha do Norte entre Vilaverde e Oliveira do Bairro, onde há um estrangulamento por resolver, ou a compra de terrenos para industrializar.
MSO // JGJ
Lusa/fim


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