3 de novembro de 2014

30 ANOS DE DEDICAÇÃO TERMINAM COM “DESPEDIMENTO”

Depois de ter sido “despedido” da Fabriqueira da Igreja de Bustos  pelo Padre Arlindo, Manuel Romão escreveu um texto onde se despede do povo de Bustos, apresenta contas e dá a entender que havia quem, por razões pessoais, exigisse o seu afastamento. Aqui fica o seu depoimento:


 Manuel Romão

“Venho por este meio manifestar o meu descontentamento com o Sr. Padre Arlindo. Retirou-me de uma forma arbitrária e sem me dar qualquer explicação. Retirou-me de todas as funções da Fabriqueira da Igreja, dando essas funções a outra pessoa, que chegou a Bustos há pouco.
Durante estes 30 anos sempre estive do lado do Sr.Padre Arlindo e, juntamente com o meu primo Fernando Nunes, demos os primeiros passos para a compra dos terrenos para o Salão Paroquial. Na Venezuela contactei o Manuel Ferreira e a sua esposa Rosa para a compra dos terrenos. Acompanhei também na compra do último terreno, Ana Rosa, filha do Manuel Ferreira e Rosa.
Acompanhei sempre o projecto da obra e a venda do local para o Banco Santander Totta. Dei a volta à freguesia com os colegas da Fabriqueira a pedir dinheiro para as obras se realizarem. Para além da obra paroquial, acompanhei o Sr. Padre a Coimbra por causa da sua doença.

Só porque sou porta-voz nas reuniões de coisas que o povo me reclama, tais como a ocupação do salão por uma Associação que não dá qualquer contribuição para as despesas de luz e água, sou acusado por um membro da comissão, que me queria ver fora da fabriqueira, e que mistura assuntos pessoais que nada têm a ver com a Igreja. Essa pessoa acusa-me de ter prejudicado o filho no caso da averiguação junto do Ministério Público do que se passava na ABC. Na última reunião esse membro disse que se eu ficasse na próxima direção ele se retiraria.

 Carlos Alves e Padre Arlindo ladeando D. Ximenes Belo, em 2009

Também não posso esquecer que na vinda do Sr. Bispo a Bustos, o Sr. Padre Arlindo só agradeceu o trabalho das obras sociais a duas pessoas, esquecendo-se dos restantes membros que tanto trabalharam e que ficaram ofendidos acabando por abandonar a comissão da Fabriqueira da Igreja.

Como fui retirado da comissão, neste momento tenho a obrigação de apresentar contas ao povo. No Banco encontra-se depositado 23.545,79 Euros. Brevemente será feita a escritura da venda das instalações do Banco e serão mais 25.000 euros que darão entrada nas contas. E as obras estão praticamente concluídas.
Também quero aqui dizer que pedi uma reunião ao Sr. Padre Arlindo para esclarecer os problemas e este me respondeu que eu só servia para contar o dinheiro e levá-lo ao Banco.
Com isto me despeço do povo de Bustos que sempre me atendeu quando lhes ia bater à porta a pedir dinheiro!
Será isto que o povo de Bustos merece?

Manuel Romão


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