30 de maio de 2014

Padre António Vidal à frente da igreja do Corgo de Bustos

 
P.e Vidal, a alma mater da obra da igreja
Passou em silêncio mais uma vez a efeméride do passamento do P. Vidal, a alma mater da construção da «sua» igreja. Uma obra que congregou a gesta de Bustos espalhada por todo mundo em torno de um querer que vinha desde a criação da Paróquia. Os obstáculos a vencer surgiam como cogumelos em em Novembro. Navegando em tempo de abstenções em direção ao tempo dos pousios do Corgo – o «rebotalho da freguesia», para o Eng.º Neftali Sucena – vamos encontrar os povos de Bustos entrosados na consecução  do templo que faltava à Diocese, Para além de Comissões (in)formais que iam desde o acompanhamento sistemático da condução da obra, passando pela preparação de refeições quentes para os trabalhadores pelos grupos de senhoras, pela angariação de Fundos onde se destaca a correspondência local do Jornal da Bairrada (com a chancela do P.e Vidal),  o recurso da mão de obra dos alunos da escola do Corgo para movimentarem as milhentas «garrafas» destinadas ao assentamento da arcada, e para desempenharem outros serviços … não pode continuar no esquecimento o contributo do Eng.º Santos Pato (Néu, para os bustuenses de então), líder apaixonado de uma equipa dedicada que ajudou a edificar uma obra que tem ajudado a engrandecer Bustos. Entre as placas alusivas a «melhorias» realizadas no condomínio da igreja, não se encontra a mais pequena referência ao Eng.º Santos Pato (Néu). Talvez por ter ajudado a resolver problemas intrincados e por feito gratuitamente. o seu trabalho.

Futura Igreja de Bustos - o último arco foi desenhado por José Maria Dias. foto Rosa Vieira.
 Por mais calendários que passem, o Padre Vidal e o Eng.º Santos Pato estão e estarão indissociavelmente ligados ao edifício-igreja, mesmo para os que não admirem a sua arquitetura.


Igreja de Bustos - uma vista à moderna
De uma revisita às memórias das falações sobre a igreja,, ouço com atenção a : intervenção de figuras  (entre outras) que ajudaram a modelar a obra:
 “A conceção do espaço do edifício-Igreja é convergente em todos os sentidos sobre o Altar. A razão desta convergência é ajudar o Cristão a encontrar mais facilmente o lugar onde Deus é evocado ou encontrar a sua presença.”
(Arq. Rocha Carneiro, recolhas)

E, agora, já que estamos  a falar de colaboradores, não posso esquecer o sr. Sargento Mário Martins, actualmente em serviço em Angola, a quem devo o emprego dos fusos cerâmicos, que tão linda fizeram a igreja, e a Empresa Neo-Cerâmica do Tramagal, que ajudou os trabalhos e cálculos e nos mandou logo o material e um técnico, embora só agora vá receber o respectivo pagamento.”…
[A Nova Igreja de Bustos – uma premente necessidade vai ser uma consoladora realidade]
(excerto da entrevista dada pelo falecido Padre Vidal, ex-pároco de Bustos, ao Jornal de Notícias de 29.1.1964)
 
Conceberam a forma do edifício-igreja de Bustos
aqui
O desenho técnico do último arco da igreja foi da responsabilidade de José Maria Dias, colaborador do Gabinete Técnico do Eng. Santos Pato. O engenheiro estava impedido de completar o trabalho por ter sido preso pela PIDE.
José Maria Dias também merece ser reconhecido e incluído no grupo de artistas que ajudaram a conceber a obra.
Igreja de Bustos - foto aérea de Cipriano Nunes. pilotado pelo Álvaro.  
Uma lembrança para os «operários»: Padre Vidal, Silvério Pedreiras, Mário Pinto e Mário Nunes (entre outros) que realizaram as obras de canalização da vala que "drenava" as águas do lavadouro - na foto aérea de Cipriano Nunes -  que atravessa o território da igreja. Aqui
 Nota: cada vez mais se sente a falta a divulgação de dados oficiais à volta da construção doedifício-igreja de Bustos. Há especialistas.   Haja disponibilidade com vontade.
sérgio micaelo ferreira.

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