14 de março de 2011

De como os guardiões se viram à rasca

Raras vezes temos relatado os discretos encontros que um grupo de bustuenses vem dedicando aos devaneios da gastronomia local e regional. Sob a designação de guardiões (ou guardiães) dos sabores, o grupo mais ou menos fixo sentou-se à mesa, pelo menos, em 30/11/200620/12/2006, 7/2/2007 e 9/3/2007.
A bem dizer, a regularidade dos encontros (convénios, concílios ou congressos, vai tudo dar ao mesmo) tem sido quase mensal. Acontece é que os escribas do NB presentes nesses encontros se têm revelado bem mais prolixos na arte da mastigação do que em relatar aos esfomeados e frustrados leitores deste blogue aquilo que se passa por detrás do seu umbigo.
O Milton em busca da fauna microbiana extremófila

Como lembrou o nosso Milton Costa no post atrás linkado de 20/12/2006, não se trata de relatar as jantaradas que os portugueses em geral e os bustuenses em particular tanto apreciam e cultivam. Trata-se, sim, de guardar e confeccionar receitas tradicionais de Bustos e arredores. Quis ele dizer que os hábitos culinários dos nossos antepassados devem integrar a nossa memória colectiva. 

Vale a pena explicar a razão de ciência desse propósito: um povo sem memória, é um povo sem história.

O encontro do passado sábado aconteceu pela 2ª vez na atraente habitação da Zélia Canão e marido Carlos, que fica logo ali na nova zona residencial da Picada a caminho da Agra Velha. Encontro que teve dois sabores muito especiais:
Por um lado e entre aplausos generalizados, íamos degustando os relatos da TV sobre as grandes manifs da geração à rasca. Por outro, íamos devorando sem parar as diversas iguarias que iam caindo sobre a mesa como tsunami arrasador.
Terminado o animado repasto, chegámos por unanimidade a duas conclusões:
1ª - Mesmo que o petisco custe a ser mastigado pelos guardiões dos (outros) sabores, o  pulsar da cidadania deve ser tratado com muito respeitinho, que esta vida não é só brincar ao carnaval.
2ª - Quando a qualidade dos sabores culinários atinge a nota máxima, só nos resta degustá-los até ao fim. Mesmo que a malta se veja à rasca para ir a todos.

Moral da história:
Ao pulsar da cidadania, como ao pulsar dos sabores, aplica-se bem a velha máxima: antes fazer mal do que estragar-se.
*

1 comentário:

  1. Anónimo09:10

    Ora aqui está um notícia cheia de interesse para os bustuenses!

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