4 de março de 2010

AUGUSTO "SERAFIM" NASCEU NO ANO MÍTICO DE BUSTOS


O Augusto está em festa.
Hoje, o Augusto está a plantar o nonagésimo marco de uma longa fieira iniciada em 1920 – ano mítico para Bustos – o da criação da freguesia (18 de Fevereiro) e o da primeira eleição para a instalação da Junta de Freguesia (9 de Maio).

Augusto e Manuel Simões da Costa (17/1/1923 - 18/1/2005), os dois filhos do tronco gerado por Maria dos Santos da Silva e Serafim Simões da Costa, cedo entraram na escola da vida dura. Vivia-se a época em que ‘a candeia dos pobres era uma pinha’, Belino Costa, NB, 2.12.2006.

Os irmãos fazem a primária na Escola da Atafona. Era Professor Primário, o Padre Agostinho Pires.
Entraram na vida activa na forte casa comercial do Sr. Manoel Joaquim d’Oliveira Sérgio. Aqui revelaram a sua vocação para o negócio e para balconistas.

O Sr. Sérgio vai para Aveiro onde, em edifício próprio, abre um estabelecimento de venda de lanifícios por junto e o Augusto e o Manuel ficam com o negócio onde vieram a dar boa conta do recado, fixando o grosso da clientela. E ampliaram-na. Na tenda das feiras ou na loja, nunca estavam vazios. Os irmãos Serafins e os empregados não tinham mãos a medir.
Como nota, da uniformidade de actuação de todos os colaboradores, os preços estavam codificados por letras.

Vem desse tempo a consolidação de forte amizade com o meu Pai que tinha iniciado, havia pouco tempo, a actividade comercial. Quando alguém, cliente dos “Serafins”, dizia que precisava de comprar calçado, logo eram encaminhados para o Zé Valério. A reciprocidade também existia.

Quando o centro de Bustos era um pólo de atracção comercial e de serviços, as partidas que se pregavam uns aos outros faziam parte do estar em sociedade. O meu Pai pregou algumas, mas também recebia o troco. E que troco… A amizade entre os Serafins não era beliscada e perdurou através do tempo.

Ainda está lembrada a vetusta Carrinha «Ford». Quando chovia, o Augusto dava-me boleia da Feira da Palhaça. Durante a viagem era uma pândega pegada. Aliás, ao pé do Augusto Serafim não havia tristezas.

Recordo com carinho os “Serafins”.
Estou longe. Mas por certo o meu abraço vai senti-lo em dia de feliz aniversário.
sérgio micaelo ferreira

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