28 de abril de 2009

INICIATIVAS MAL OUVIDAS

Na passada semana o NB teve o cuidado de publicitar um evento local. Tratou-se do Concerto da Liberdade dos jovens solistas da Banda Filarmónica da Mamarrosa, que teve lugar na passada noite de 24 de Abril.
Em texto anterior e sob o título “VIII Encontro de Bandas na Mamarrosa”, já tínhamos chamado a atenção para a excepcional qualidade dos executantes da nossa Banda.

Como se não bastasse, tratava-se duma excelente oportunidade de conhecer o ainda inacabado Salão do Centro de Apoio Paroquial de Bustos, ali ao lado da igreja.
Com o total abandono do Bustos Sonoro Cine e do confinante salão dos bailaricos de boa memória, o Salão Paroquial passa a ser o único espaço da freguesia preparado para receber eventos sociais e culturais que careçam dum palco.
De paredes interiores ainda em tijolo cru e piso em cimento, o Salão apresenta já o seu tecto final em bonita e sugestiva madeira arqueada. Lindo, como que a anunciar a visão final!
Está ali muito, mas muito, suor de meia dúzia de bustuenses que teimam (ainda bem!) em levar o projecto a bom porto. E que não labutam por medalha, nome de rua ou estátua de bronze.
O Sr. Padre Arlindo também não se cansou de publicitar o concerto, o qual mereceu o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia. Não faltaram à chamada autarcas de Bustos, do Município e das demais freguesias do concelho. Não era difícil perceber a importância e o duplo simbolismo do evento.
A entrada era livre e Bustos tem filhos e netos seus no escol da Banda. E muitos associados.

O espectáculo, esse, foi soberbo, duma qualidade ímpar e foi deleitados e muito a custo que fomos abandonando o local.

Mesmo assim e não fora a presença dos muitos mamarrosenses que não esquecem o seu dever e a não menor vontade de apoiar a sua Banda e o salão estaria mais ou menos às moscas.

É este o resultado do esquecimento a que votámos a nossa Terra.
Foi no que deu caminhar pelo chão do asfalto sem olhar para o outro chão que nenhum camartelo é capaz de destruir: o chão das nossas RAÍZES.
O alcatrão traz muito progresso, pois traz. Mas sem desenvolvimento sustentado não passaremos de robots, de sujeitos dum chão sem memória. E sem História.
Descansem: como lembrei no bloguedooscar,

BUSTOS HÁ-DE RENASCER DAS CINZAS DO PASSADO!

oscardebustos

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