25 de setembro de 2008

ALMAS PERDIDAS - PATRIMÓNIO DESCOBERTO ou VINHA DO REI

“Bebe vinho! Receberás vida eterna.
O vinho é o único filtro que pode restituir-te a juventude.
Divina estação das rosas, do vinho e dos amigos
sinceros.
Goza este fugitivo instante que é a vida.”


in, Omar Khayyam, Rubaiyat (odes ao vinho),

editorial estampa, 3ª edição, Lisboa,1999


ALMAS PERDIDAS
VINHA DO REI


Ali para os lados da Feira do Sobreiro situa-se esta VINHA DO REI onde em tempos houve uma pequena capela com umas ALMAS PERDIDAS naqueles campos de cultivo de milho e de vinha, por detrás dos aidos da Caneira e das Coladas. Ao longo dos anos foi sendo esquecida e abandonada pela população, deixando ao abandono ruiu, telhado caído e silvas por todo o lado. Dela e do local já só se lembram uns poucos idosos do lugar.

Assim nasce o nome deste vinho feito artesanalmente com desengace e sem filtragem, a partir das castas Touriga Nacional, Aragonez e Cabernet [Sauvignon]

M.A.P.

altino comenta:

Curiosamente, as castas de uva tinta da Vinha do Rei são as mesmas que miltonpt assinala no seu blogue Lagar, September 12, 2008. Os cachos de touriga nacional e de aragonez (ou tinta roriz), entre outras características, atingem o estado de maturação bem cedo, o que permitem estar protegidas das chuvadas de Setembro tão nefastas para a Baga, a casta tinta ex-libris da Bairrada.

A #Vinha do Rei# teve o condão de ressuscitar a Capela “Almas Perdidas”. Não será exagero induzir que ao encher um copo com o néctar da “Vinha do Rei”, as “Almas Perdidas” são mais publicitadas que a divulgação da Igreja do Arq. António Carneiro & Camaradas.

A “Vinha do Rei” tem a produção tomada pelo BARRILITO. Sobre a sua qualidade, sigo os passos de miltonpt (Lagar): “It’s not better than the other wines but it’s without doubt different.” Uma coincidência acontece: ajuda a manter boa e franca companhia.


adenda

Bustos, apesar de não ter grande área de terrenos para aptidão das castas tintas, já em 1897 tinha um viticultor que alinhou com outros grandes lavradores da Bairrada, para o desenvolvimento da vitivinicultura da Bairrada liderado pela Associação Agrícola da Bairrada. Manuel da Silva Martins (Cabeço de Bustos) vem citado numa lista de 31 de Dezembro de 1897, ao lado do Marquês da Graciosa (Graciosa), [Dados recolhidos de Fernando Amaral Gomes, Albano Coutinho – Viticultor e a Bairrada, AQUA NATIVA, nº 31, Dezembro 2006.]

3 comentários:

  1. Em resposta à curiosidade referida por Altino, esclareço que o facto das castas (assim como a adega)referidas no blogue "Lagar" serem as mesma se deve à sua proveniência comum!
    O vinho exposto ao mundo nesse blogue, no âmbito deste artigo poderá ser encarado como um "Almas Perdidas Reserva" ;)

    ResponderEliminar
  2. Anónimo22:26

    A curiosidade ficou desvanecida com o esclarecimento de Milton Pires e anoto com agrado a subida do “Almas Perdidas” à categoria de “Reserva”. A merecer um golo do Tchim! Tcchim!
    sérgio micaelo ferreira

    ResponderEliminar
  3. Anónimo11:30

    POr favor não escrevam em letras minusculas que só dificultam a leitura.

    ResponderEliminar