3 de julho de 2007

TRANSPORTES URBANOS COM POUCA ADESÃO

A falta de divulgação poderá ser umas das razões para a fraca adesão popular no primeiro dia de funcionamento da rede municipal de transportes. O jornal Primeiro de Janeiro faz, na sua edição de hoje, o ponto da situação:

“O serviço de transportes urbanos começou ontem a funcionar em Oliveira do Bairro, com o objectivo de reforçar a centralidade da sede concelhia, mas foram poucos os passageiros que embarcaram na manhã do primeiro dia.
A insuficiente divulgação é reconhecida pelos responsáveis da autarquia, que confiam numa maior adesão nos próximos dias, “à medida que as pessoas vão passando palavra e o serviço começa a ser conhecido”. Apesar da ideia de transportes colectivos intermunicipais ser defendida no seio da Associação de Municípios da Ria (AMRia) a que Oliveira do Bairro pertence e de haver “um namoro antigo” para a cobertura do município pelos autocarros do vizinho concelho de Aveiro(MoveAveiro), o executivo municipal a que preside Mário João Oliveira (PSD) decidiu avançar com o serviço próprio, que havia prometido em campanha eleitoral. “Nada impede que a rede intermunicipal venha a ser montada, usando os serviços que cada município já dispõe. A essa rede poderá ser entregue a gestão dos percursos e horários e não necessariamente [a gestão] patrimonial”, justificou a vereadora Laura Pires. Já quanto à não cobertura pela MoveAveiro, a explicação oficial é a de que é uma questão de números: “chegámos a ter conversas com a MoveAveiro, mas o custo do serviço era superior”, disse a vereadora da Câmara de Oliveira do Bairro.
Há, no entanto, uma opção política que também pesa na decisão dos autarcas de Oliveira do Bairro e que a escolha pelos autocarros do município vizinho dificilmente poderia preencher e que é a de “afirmar a centralidade de Oliveira do Bairro”. “Foram definidos dois percursos para chegar a todos os lugares do concelho e permitir às pessoas virem à cidade de Oliveira do Bairro tratar dos seus assuntos pessoais e fazer compras. Há a preocupação de acentuar a centralidade de Oliveira do Bairro, contrariando a atracção de outros centros urbanos sobre partes do nosso concelho, nomeadamente de Aveiro em relação a Oiã, Palhaça e Bustos”, admitiu uma fonte envolvida no processo.
Na fase experimental, os transportes colectivos funcionam sem paragens definidas, em que os passageiros embarcam após fazerem sinal de paragem ao autocarro, desde que salvaguardadas as condições de segurança. Além da falta de divulgação, uma das críticas ouvidas pela Lusa no primeiro dia junto de alguns moradores é a de que “os horários não servem para quem trabalha nas fábricas”. “O objectivo é servir a população mais idosa e desfavorecida e nesta fase vamos a todas as aldeias, mas todas as zonas industriais estão incluídas nos percursos”, explicou Laura Pires.

2 comentários:

  1. Anónimo23:55

    Mais um fracasso da gestão de Laura Pires. Ao que me parece António Mota ainda se opôs (em meu entender bem)a este desvario mas a Laura Pires fincou pé e assim mais algum dinheiro do erário público é gasto nestas maluquices como se não houvesse outras prioridades mais prementes.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo23:21

    o fracasso stá na dificuldade em aceitar a mudança

    ResponderEliminar