7 de junho de 2006

"...tudo foi feito para evitar o desagradável incidente.”


Do texto “Funeral e Procissão – a colisão desnecessária”, editado em 5.06.2006, a parte: “Em simultaneidade cronometrada, saem o acompanhamento do féretro e o cortejo da procissão” mereceu o esclarecimento de um interveniente na busca do ajustamento das horas de saída da procissão e do funeral:
Eis a declação:

“Entretanto, para algumas pessoas, como é o seu caso, poderia ter ficado a impressão de que o funeral teria saído em simultâneo ou mesmo depois, o que é falso.”

Nota: A simultaneidade cronometrada não obedeceu ao disparo da partida de qualquer prova de alta competição, mas sim ao som da música da festa saída dos altifalantes animadores do cortejo.
Coincidência ou não. Aconteceu.

O interlocutor–conciliador assinalou com clareza a sua intervenção no processo e apontou os limites que devem circunscrever a sua actuação:
“Qualquer actividade civil tem direito de ser conduzida de modo a não impedir o bom decorrer de outras actividades. Qualquer actividade religiosa também, presumo, terá o dever de, face aos seus imprevistos, se reorganizar e respeitar as actividades que giram no meio envolvente.”

E a terminar, demarca-se da causa que provocou ‘a desnecessária colisão’:

"Se houve algum atraso este não foi da parte da sociedade civil. Se houve intolerância esta não foi protagonizada pela sociedade civil. Se houve falta de coordenação, esta não se pode atribuir à sociedade civil, tudo foi feito para evitar o desagradável incidente.”

Comentário:
Para evitar a colisão dos momentos de alegria, festa, procissão com os de dor, luto, funeral, basta o poderes civil e religioso acertarem a agenda e fazê-la cumprir.

Ainda que do incidente brotem várias leituras, ele servirá para se repensar a vivência do condomínio de Bustos. [Que não precisa de mais achas para a fogueira]

sérgio micaelo ferreira
(agradecido pelas achegas de esclarecimento)

1 comentário:

  1. 1º - O funeral era civil e estava aprazado para as 19H;
    2º - A procissão era católica e estava marcada para as 16 ou 17H;
    3º - A miudagem (o mote eram a comunhão e o crisma) esperou que se fartou, aparentemente por força de minudências e formalidades nunca vistas;
    4º - O funeral saiu a horas (em rigor e já para evitar confusões, saiu uns minutos antes) e a procissão fez-se de imediato à rua, a mando do Sr. Padre;
    5º - A casa mortuária e a igreja vivem paredes-meias, pelo que ninguém ignorava o que se passava na porta ao lado, com ocupação do mesmo largo ou parte dele (a célebre praça vermelha…);
    6º - A confusão revoltou as pessoas, que gostam de separar as águas, como quem rega milho ou batatas e vai conduzindo metodicamente as águas pelas diferentes regadeiras, sem excessos ou faltas, que as águas têm de chegar por igual a todos os pés.

    Donde me parece poder concluir-se que a Igreja de Bustos convive mal com os não crentes.

    ResponderEliminar