9 de dezembro de 2005

FORNOS DE CAL HIBERNAM ESQUECIDOS

Na subida do Vale Maior no caminho Póvoa – Fornos – Penedos houve dois fornos que durante gerações debitaram pedra “cal viva” e “pedra rijal”. Ainda lá estão vestígios de um.
O forno dos "Vieiras" apresentava a superfície “vitrificada” pela acção do calor. Uma pesquisa pelos detritos talvez talvez encontre alguns vestígios desse “vidro” com tonalidade esverdeada.
A propósito da actividade da indústria de cal, Armor Mota[1] constata: “restam vagas lembranças e os sítio dos fornos e pouco mais. Tudo é quase só cinza escoada no tempo.”
Por sua vez, a indústria” dos fornos de cal foi, segundo Arsénio Mota[2], “no seu tempo a primeira actividade industrial não directamente ligada à agricultura. Por outro lado, as pedreiras e os pinhais que alimentaram de lenha aqueles fornos acabaram por dar o nome a lugares e pessoas". Em nota de roda pé este autor indica mais bibliografia sobre os fornos de cal, onde se destaca a de Rosinda de Oliveira[3].
A actividade desenvolvida á volta dos fornos dos Fornos ainda não foi estudada. A existência de um “nicho” de fósseis também poderá atrair o trabalho de alguma tese de licenciatura ou trabalho de mestrando.
Mas fará sentido recuperar um forno de cal?
Será que viria trazer uma mais-valia à ‘reconstrução’ da memória colectiva de Bustos?

A autarquia local tem produzido um esclarecedor e prolongado silêncio sobre os estudos dos vários ontens e longínquos anteontes.
nrp
[1] Alma e Memória, edição da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, 2002
[2] Estudos Regionais da Bairrada, Livraria Figueirinhas, com o apoio das Câmara Municipais de Oliveira do Bairro, Anadia e Aveiro, 1993
[3] Fornos de Cal, série de artigos editads pelo Jornal da Bairrada (22.11.1992 a 22.05.1992)

(Sérgio Micaelo Ferreira)

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