12 de outubro de 2005

CAMPANHAs AUTÁRQUICAs & DESCOBERTURA TELEVISIVA

As televisões actuaram como se fossem televisões locais. Privilegiaram os líderes partidários com as suas intervenções de política nacional, deram cobertura a independentes rejeitados pelos partidos, fizeram mesas redondas com os candidatos de apenas alguns municípios, preencheram tempo nobre da grelha televisiva com questões marginais (fulano (não) apertou mão, sicrano levou uma berra, beltrano dá chouriço ou vinho ou televisor, ou dá-lhes festa, …)
Durante a campanha, o serviço público de TV passeou pela lama (de interesse) jornalístico. Os problemas, as realizações, as perspectivas dos cidadãos do grosso dos outros municípios e/ou freguesias foram simplesmente ignorados.
E depois digam que o povo não se interessa pela coisa pública, que é iletrado, que é dominado por caciques, etc …

Há dias foi anunciada a edição de um título da Revista “Asterix” em Mirandês (outra língua oficial de Portugal). A TV Pública tem o Canal 2 pontos reservada a minorias, só que ainda não arranjou um cantinho na grelha para poder dar voz à “ La Lhéngua Mirandesa, doce cumo ua meligrana, guapa i capechana, nun yê de onte, detrasdonte ou trasdontonte mas cunta cun uito séclos de eijistência." [Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa]
Viva o fff…rrr...ááá!!!
Sérgio Micaelo Ferreira

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